Resumo Do Livro A Casa Da Madrinha 1j671e

RESUMO DO LIVRO ‘A CASA DA MADRINHA’ DE LYGIA BOJUNGA BOJUNGA, Lygia. A casa da madrinha. 19. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2002. (Coleção Literatura em Minha Casa). O livro conta a história do menino Alexandre, um garoto pobre do Rio de Janeiro que após saber da existência de uma madrinha pelo irmão mais velho, segue para encontrar sua casa, ando assim por diversas situações. O livro inicia com Alexandre e o seu amigo Pavão em um show de mágicas. Alexandre já se encontra distante da sua casa no Rio de Janeiro, e o Pavão, seu amigo, junta-se a ele no caminho. Os dois fazem apresentações com o objetivo de conseguirem algo para se manter. E é nessa apresentação que ele conhece Vera. Vera é uma menina que vive com os pais em uma casa próxima e fica encantada com o menino e seu amigo. Os dois iniciam uma conversa e Alexandre fala um pouco do lugar de onde veio e do que está fazendo ali. Fala vagamente sobre o irmão e a casa da madrinha, motivo da sua viagem, além da sua vida no Rio de Janeiro, onde tinha que trabalhar vendendo coisas na praia. Alexandre conta a Vera como foi a sua viagem até aquele momento e as dificuldades pelas quais ou. Fala sobre o nevoeiro, quando finalmente encontra o Pavão, de quem tem medo logo no início porque o animal não falava coisa com coisa. Até que o nevoeiro se vai e Alexandre vê como é bonito o Pavão e fica encantado. Os dois dividem a comida e param para dormir, e ao continuar a viagem juntos, em um determinado momento, o Pavão começa a falar sem parar, contando a sua vida. Nesse momento, o Pavão fica com um brilho nos olhos que deixa o menino entusiasmado ao ouvir sua história. Mas não demora muito para o Pavão voltar à sua condição anterior. Alexandre conta a Vera a triste história do Pavão e tudo pelo que tinha ado. Conta que o Pavão era tão bonito que vinha gente de longe vê-lo, o que fez com que surgissem várias pessoas se dizendo donas dele. Logo, surge a ideia de ganhar dinheiro com o bicho. O problema é que o Pavão não concorda com tudo aquilo. Então, eles prendem o animal e o levam para uma escola chamada ‘Osarta do Pensamento’, feita com o propósito de atrasar o pensamento dos alunos. Nessa escola há três cursos: o curso Papo, o curso Linha e o curso Filtro. O primeiro consiste em bater papo. O Pavão gostava de conversar, mas nesse curso ele não pode opinar, tem que ficar quieto escutando. O Pavão começa a ficar assustado com qualquer barulho, e esse é um dos objetivos do curso, pois quanto mais assustado fica o aluno, mais atrasado ia ficando seu

pensamento. Inventam histórias horríveis e o Pavão se apavora ainda mais. Um dia ele sonha que está ficando surdo e não ouve mais o que o pessoal do curso diz. Então, tem a ideia de colocar cera nos ouvidos. Como percebem que o Pavão não aprende mais nada, resolvem á-lo para o Curso Linha. O pessoal da escola tinha ouvido falar em uma cirurgia para costurar o pensamento, deixando que o animal pensasse apenas o que desejava o dono. Os donos do Pavão discutem e decidem quais serão os pensamentos que permanecerão na cabeça do bicho, e marcam a cirurgia. Após saber o que está acontecendo, o Pavão resolve fazer uma ginástica meio esquisita até chegar no pensamento. Treina puxar o pensamento, e na hora da operação, não houve jeito de conseguirem costurar. A linha sempre arrebentava. Resolveram então que era caso para filtro. O Curso Filtro parece, à princípio, bem agradável, mas consiste em instalar um filtro no pensamento do Pavão para que todos os seus pensamentos sejam filtrados. A cirurgia é feita mas a torneira do filtro que pam na cabeça do Pavão está com defeito e às vezes abre. São nesses momentos que o Pavão consegue pensar e falar livremente. O animal a um tempo morando no jardim com os seus donos, mas um dia a torneira abre e ele conhece o marinheiro João das Mil e Uma Namoradas. Nesse momento, a mãe de vera a chama para jantar e ela promete retornar para continuar a conversa depois. No dia seguinte, Vera, Alexandre e o Pavão se encontram novamente. A menina leva comida para os amigos e Alexandre fala um pouco sobre como teve a ideia de fazer os shows de mágica com o Pavão. Vera conta sobre o que seus pais haviam falado de Alexandre e ele não gosta de saber que eles o acham um menino largado, que viaja sozinho. Alexandre volta a falar sobre sua vida no Rio de Janeiro, sua casa no morro, seu pai e os problemas com a bebida, a mãe, as irmãs que trabalham como domésticas e Augusto, seu irmão querido, que fora trabalhar em uma fábrica em São Paulo. Augusto deseja que seu irmão estude ao invés de trabalhar, para quem sabe, ter um futuro diferente. Matricula Alexandre na escola e providencia tudo o que ele necessita. Alexandre adora a escola, é inteligente, aprende fácil. Apesar das dificuldades pelas quais a a família, Augusto se esforça para que o irmão continue estudando. Na escola, Alexandre conhece uma professora muito curiosa que sempre está com uma maleta. Essa professora gosta de ver seus alunos contentes. Ela chega na sala, abre sua maleta e escolhe um pacote. Há pacotes de todos os tamanhos e cores, e cada um indica uma atividade diferente. As aulas são dinâmicas e divertidas, com um jeito novo de aprender as coisas. Até que um dia um grupo de pais presencia uma aula na qual

Alexandre conta a sua vida e como faz para ganhar dinheiro, e isso causa um mal estar imenso na escola. O tempo a e um dia, na aula, a professora chega sem a sua maleta. Depois de conversar com o menino, afirma que a perdeu com tudo que tinha dentro, o que deixa Alexandre muito triste. As coisas em casa ainda estão apertadas, e nas férias o menino sai para vender na praia. Augusto, seu irmão, acaba se apaixonando e decide se casar. E, tendo que trabalhar, Alexandre sai da escola. Uma noite, quando não consegue dormir, Augusto fala ao irmão pela primeira vez sobre a sua madrinha. Augusto gosta de contar histórias pra distrair o irmão quando ele não consegue dormir. Conta que a casa da madrinha fica longe, em um lugar muito bonito, cercado de flores e de onde se pode ver o mar. Augusto fala sobre a porta azul e a flor amarela, onde fica guardada a chave da entrada. O irmão afirma ter estado lá e segue contando sobre as maravilhas que viu. A cadeira que abraça gostoso para que se possa dormir, o relógio grande, o armário onde tem sempre uma roupa quentinha e limpinha e outro na cozinha de onde sai tudo que é tipo de comida que se tem vontade de comer. Conta sobre o mar e sua água clarinha e a beleza da mata ao redor. Fala sobre as janelas, entre as quais uma empenada que nunca ninguém conseguiu abrir, e a cortina que tapa um mistério. No final da conversa, Augusto cita o porão e uma certa maleta na porta, o que faz Alexandre pensar ser uma maleta igual a da professora. O menino fica contente pensando em tudo aquilo que o irmão acabara de lhe contar, até que é vencido pelo sono. Augusto recebe uma proposta e vai trabalhar em São Paulo. Alexandre continua trabalhando na praia e sempre pensa na casa da madrinha. Alexandre segue contando a Vera sobre seu trabalho no centro da cidade durante o inverno. O menino tem que parar os táxis para os fregueses, mas a concorrência é grande. Os meninos disputam o tempo todo, o que expõe Alexandre a diversas situações de perigo. O menino fica desanimado, mas sempre sonhando com a casa da madrinha. Decide que se o irmão não retornar até o verão, irá sozinho nessa viagem. Vera, aflita, diz que está atrasada e que precisa ir. Seus pais têm mania de relógio e ela não pode atrasar nem um minuto sequer. A menina reaparece depois trazendo mais comida para o amigo e o Pavão e pede para que Alexandre continue contando a história do Pavão. O Pavão tem muita vontade de viajar, e um dia, quando a torneirinha abre e ele está pensando normal, consegue sair e vai ear no porto. É quando João das Mil e Uma Namoradas e a sua namorada veem o Pavão e se encantam com a sua beleza. O Pavão pede para ir embora junto com o marinheiro no navio, mas ele diz que não pode

levá-lo. A namorada pede uma pena do animal de presente, e o Pavão concorda que o marinheiro a arranque. João acaba mudando de ideia ao pensar nas mil e uma namoradas que ele pode agradar dando uma pena do Pavão de presente sem gastar nada e aceita que o bicho vá com ele na viagem. O Pavão fica muito feliz, mas ao perceber que teria que ficar trancado no quarto sem aproveitar nada, entristece-se. Ele não concorda em dar as suas penas de graça para o marinheiro, mas, em um certo momento, a torneirinha fecha de novo e o Pavão permanece amarrado debaixo da cama, sem vontade própria. Quando o navio atraca novamente no Brasil, o Pavão está fraco e depenado. Ao sair para pegar sol, acaba caindo e rolando pela escada até o cais. Até que um homem o vê e o leva para casa. O homem, que também se chama João, cuida do Pavão, e quando ele está novamente bonito e gordo, vende-o ao zoológico. O animal fica lá, levando uma vida parecida com a que tinha com os donos, até que um dia o roubam. Seu Joca, o ladrão do Pavão, é um homem velho que trabalha como vigia no zoológico. Ele toca pandeiro em uma bateria de escola de samba, mas foi ficando velho, e o pessoal começa a achar melhor ele se afastar, pois já está batucando muito mal. Seu Joca fica muito triste, e ao ver o Pavão, tem uma ideia. Como sua escola de samba é pobre e não tem dinheiro para arrumar uma fantasia de luxo para destaque, Seu Joca resolve roubar o Pavão para usar de destaque no desfile do carnaval, e em troca, deixariam que ele voltasse a tocar na bateria. A vida do Pavão piora. Seu Joca é pobre, tem pouca comida, a casa é pequena, e quando ele sai, o Pavão fica trancado, sozinho. O animal fica em companhia das fantasias do baú de Seu Joca, e até bate um papo com elas de vez em quando. Chegam os ensaios, o desfile, até que um dia Seu Joca fica surdo e o pessoal decide que está mesmo na hora de ele parar de batucar. Seu Joca começa a se sentir arrependido de ter roubado o Pavão e decide levá-lo de volta ao zoológico. Então ele vê um anúncio no jornal sobre uma família que mora em um casarão em Copacabana e que precisa de um pavão para ear na grama inglesa do jardim. Seu Joca decide então vender o Pavão para pagar uma cirurgia que o fará ouvir bem novamente. O Pavão fica o dia inteiro eando no jardim, até que começa a sentir solidão, necessidade de ter alguém pra conversar. É quando, numa noite de lua cheia, ele vê a Gata da Capa no jardim. Ela usa uma capa para se esconder porque é vira-lata, e por causa disso, costuma ser enxotada em todo lugar que chega. A Gata da Capa mora no porão da casa, que serve de esconderijo para ela descansar sem ser notada. O Pavão fica intrigado e louco para saber quem é a Gata da Capa. Um dia, os dois se encontram no

jardim e conversam. A Gata conta como é difícil a vida de uma vira-lata na rua e os dois acabam gostando um do outro. Um dia, a casa é vendida. A família se muda e chegam os caminhões de mudança e os tratores que começam a derrubar tudo. O Pavão fica apavorado quando percebe que será separado da Gata da Capa. Ele é colocado dentro de um engradado e levado embora, enquanto a casa é destruída por completo. O Pavão fica na casa de uns amigos da família e um dia vai embora, andando sem rumo à procura da Gata da Capa. Consegue chegar ao local onde havia a casa, mas não encontra a Gata. Os operários falam para ele seguir toda a vida que encontrará a Gata da Capa em outra casa. Ele segue andando toda a vida, até encontrar Alexandre e os dois seguem viagem juntos. A mãe de Vera chega e se entusiasma com o Pavão. No outro dia, Vera e Alexandre se encontram e a menina não tem coragem de dizer que os pais tinham resolvido que era hora de Alexandre ir embora. Eles tinham dado um dinheiro pra que ela o entregasse. Daria pra comprar um pouco de comida e se manter por algum tempo. Alexandre decide fazer um show em uma cidade vizinha pra conseguir dinheiro e ajudar os pais de Vera a comprar comida. Ele e o Pavão vão bem cedo no dia seguinte e só retornam no final da tarde. No outro dia, Vera procura Alexandre. Ela vê alamandas por perto e coloca uma dentro da caixa de sorvete que Alexandre carrega como mala. Quando o menino aparece, ela lhe entrega o dinheiro e ele entende que é hora de ir. Vera diz que seus pais não acreditam que ele tenha uma madrinha e que o acham um menino à toa. Alexandre se chateia, mas compreende, e afirma que gente grande tem uma inveja danada de madrinha de gente pequena. Alexandre resolve ir embora, mas antes convida Vera para andar a cavalo. Como não existe cavalo algum, eles têm de inventar um. Decidem que ele será amarelo e se chamará ‘Ah’. Gritam, chamam juntos com toda força e o cavalo aparece. Saem galopando pelo rio, pelo pomar, até que chegam à cerca proibida pelos adultos. O cavalo não se intimida e pula a cerca com espinhos. De repente, o sol desaparece e tudo fica escuro. O cavalo começa a sumir, a se ‘desinventar’ e as crianças não conseguem inventar mais nada para sair dali. É então que percebem que é o medo que os deixa amarrados e os impede de sair daquela situação, e resolvem encará-lo. Alexandre encontra um pedaço de giz no bolso e o parte em dois. As crianças começam a riscar o escuro, como se fosse um quadro-negro. Fazem desenhos lindos, e quanto mais desenham, menos se importam com o medo. Decidem até desenhar a cara do medo e riem até não poder mais. Depois desenham uma porta, com maçaneta e fechadura.

Abrem a porta e conseguem finalmente sair do escuro. Do outro lado, há uma estrada iluminada, onde Ah espera tranquilamente. Os três montam novamente, e à medida que vão andando, a estrada fica ainda mais bonita. Chegam até um caminho que leva a um morro florido onde há de um lado uma mata e do outro o mar. É onde fica a casa da madrinha. Alexandre, Vera e o Pavão ficam muito felizes. Acham a flor amarela na porta azul e a chave está dentro. Alexandre chama, mas não há ninguém em casa. Resolvem abrir a porta. Ao entrar, veem o relógio grande, uma janela de onde se vê o mar e outra de onde se vê a mata, outra janela fechada e a cortina listrada. A cadeira que abraça, os armários, a portinha para o porão. Está tudo lá, como Augusto havia contado. Até a maleta da professora. Enquanto olham tudo, a cortina mexe. Eles ficam receosos, mas o Pavão arranca a cortina e surge a Gata da Capa. Resolvem pegar um saca-rolha e arrancar o filtro da cabeça do Pavão. O Pavão volta a pensar direito e seus olhos se iluminam. A Gata da Capa conta que um dia um homem foi até a casa e deixou uma encomenda para o Pavão. No porão, ela mostra um baú. É o baú das fantasias de Seu Joca, que deixa tudo com cheirinho de carnaval. Depois, ao ver a praia, decidem ir tomar banho de mar. Quando sentem fome, vão para casa e tiram do armário tudo o que sentem vontade de comer. A campainha toca e Alexandre se anima pensando que é a sua madrinha voltando de viagem. É Augusto. Alexandre fica muito feliz e ouve as muitas histórias que o irmão tem pra contar do que viu em São Paulo. Depois resolvem ir até a floresta e se esquecem do tempo. Tem tanta coisa maravilhosa. O rio, as árvores, os arinhos. Ao voltar pra casa, Alexandre pede a Augusto que conte uma história, e assim todos acabam dormindo. Quando o relógio bate, Vera desperta. Fica preocupada com o pessoal de casa e com a hora, mas decide sair escondida, antes que os outros acordem. Teme que Alexandre a leve de volta e não consiga encontrar de novo a casa da madrinha. Vera tranca Alexandre na casa e pede para que a janela empenada peça às outras que também empenem, para que ninguém consiga mais sair. Mas a janela decide abrir de uma vez, e faz tanto barulho que acorda todo mundo. A janela empenada tem uma história triste. Ela era uma árvore muito bonita que adorava luxo, adorava aparecer. Um dia ela foi cortada e levada para uma marcenaria, onde iriam fazer uma porta com ela. Ela, que estava triste, ao ouvir que seria porta de um apartamento de luxo, voltou a se alegrar. Mas era a última da pilha, e acabou dando cupim. Não servia mais pra ser porta. Fizeram dela uma janela e resolveram que ela ia para uma casa em uma rua bem movimentada. Ela ficou muito feliz porque ia ser muito olhada. É quando a madrinha manda um recado que precisava de quatro janelas para sua

casa. E ela segue para a casa da madrinha. Acha o lugar sossegado demais e detesta. Quer ser a janela da frente, ou pelo menos a que fica virada para o mar ou para a mata, mas acabam colocando-a nos fundos da casa. Então ela fica tão aborrecida que empena de vez e nunca mais abre. A única coisa que a faz sentir bem é ver os outros aborrecidos. E por isso, abre de vez quando Vera decide ir embora sozinha. Alexandre não a deixa ir, e quando todos montam no cavalo, ele segue galopando de volta. Deparam-se novamente com a cerca, mas não está escuro como antes. É só o cavalo pular de volta que tudo escurece de novo. O escuro tinha mudado de lado. O cavalo, Augusto, a Gata da Capa começam a sumir, e o Pavão volta a pensar pingado. Vera vai para casa. Pela manhã, o Pavão e Alexandre vão até a janela do quarto de Vera para se despedirem. Alexandre conta que não conseguiu pular a cerca para voltar e que também não conseguiu inventar de novo o cavalo. O menino fala que vai embora e continuará no caminho, procurando a casa da madrinha. Abre a caixa de sorvete para pegar um lápis e anotar o endereço de Vera e ri quando vê a flor amarela. Vera fica confusa. Não sabe o motivo de Alexandre pensar que a flor que ela colocou ali era a mesma da porta da casa da madrinha. O menino coloca a mão na flor para pegar a chave. Lembra que o irmão uma vez havia dito que no dia que ele botasse a chave da casa no bolso, o medo não ganharia mais dele. Alexandre bota feliz a chave no bolso. Pode agora seguir viagem sem se preocupar mais com o medo.